Tereos e UM Festival firmam parceria para neutralizar as emissões de carbono
Iniciativa vai neutralizar emissões de carbono provenientes do consumo de energia do UM Festival, em São José do Rio Preto (SP)
06/11/2024 às 08:11 | Por: Assessoria Ministério da Cultura
(Divulgação)
O Ministério da Cultura (MinC) lançou a Campanha Cultura Negra Vive, uma ação que integra a campanha do Governo Federal, Brasil pela Igualdade Racial — iniciativa abrangente que conta com a participação do Ministério da Igualdade Racial (MIR), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), e de outras pastas, bem como da Fundação Cultural Palmares, vinculada do MinC. A ação contínua celebra e destaca a importância da cultura negra no Brasil, promovendo a conexão simbólica entre o Dia Nacional da Cultura, celebrado em 5 de novembro, e o Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, que, pela primeira vez, ganha o status de feriado oficial no país.
A Campanha Cultura Negra Vive busca não só celebrar, mas também fortalecer o papel da população negra na construção da identidade cultural brasileira. Esse marco histórico é uma homenagem a Zumbi, Dandara dos Palmares e outras figuras heroicas, como Aqualtune e Acotirene, que simbolizam a luta por liberdade e igualdade.
Mariana Braga, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Cultura, destacou a importância dessa ação para o Ministério.
"A campanha Cultura Negra Vive visa dar visibilidade à forte presença das Culturas Negras Brasileiras nas ações que são desenvolvidas em todo o Brasil visando o combate e superação do racismo, reforçando o papel central da Cultura no diálogo com a sociedade brasileira sobre a Consciência Negra. É uma oportunidade de afirmar que essas Culturas Vivem apesar das tentativas de apagamentos sofridas e que precisamos nos unir para que elas permaneçam vivas!", disse.
Formulário
A campanha, alimenta o Mapa do Brasil pela Igualdade Racial por meio do preenchimento de um formulário disponível no site, onde instituições e cidadãos podem cadastrar eventos e ações. Estes serão incorporados ao Mapa Colaborativo da Cultura Negra de novembro, permitindo a visibilidade das celebrações em todo o país.
Mobilização
O lançamento da campanha Cultura Negra Vive representa um momento importante para mobilizar toda a comunidade cultural, movimentos, grupos, artistas, trabalhadores, brincantes, pontos de cultura na luta contra o racismo no Brasil.
A arte e a cultura são elementos essenciais para transformar as comunidades, romper com preconceitos, reforçar as identidades e ampliar o entendimento e o diálogo entre diferentes povos, como explica Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura.
"Somos um país marcado pela diversidade cultural e que precisa valorizar e reconhecer a imensa contribuição da população negra na formação da cultura nacional, das nossas identidades, somos e temos uma rica matriz africana. Uma potência cultural advinda da maior diáspora do mundo, lutar pela igualdade racial é lutar pelo Brasil", acrescentou.
A secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, também destacou. "A participação ativa dos Comitês de Cultura vai colaborar para que a gente consiga mapear e jogar luz nas ações culturais que estão sendo desenvolvidas no Brasil profundo. Tem muita coisa acontecendo e o nosso objetivo é fortalecer essa rede de cultura, além de promover cada vez mais a conexão da sociedade com o legado e as narrativas da cultura negra, que sedimentaram a construção social do nosso país", incentivou.
Campanha Tradições de Matriz Africana contra o Racismo
Para marcar o mês de novembro, o Pontão de Cultura Ancestralidade Africana no Brasil lançou nesta terça-feira (5), em um live no YouTube, uma campanha nacional de combate ao racismo por meio da valorização das tradições de matriz africana. No próximo dia 12 de novembro, ocorrerá o lançamento presencial na Fundação Palmares, em Brasília.
Segundo o Pontão, a campanha é necessária porque os povos tradicionais de matriz africana e seus territórios, em suas diferentes denominações, constituem um contínuo civilizatório africano no Brasil, espaços culturais de cultivo, disseminação e permanência da ancestralidade e abrigo da autoestima e da identidade do povo negro.
A ação busca denunciar o racismo e a violência contra as tradições de matriz africana, além de promover o engajamento da sociedade nesse tema e fortalecer as lideranças e autoridades tradicionais para a defesa dos seus territórios e dos seus direitos. "Os europeus civilização a África com pólvora. Nós civilizamos o Brasil com nossos tambores", reforçou Bábà Paulo Ifatide, representante do Pontão.
O Ancestralidade Africana no Brasil é resultado do Edital Nº09 de Fomento a Pontões de Cultura e faz parte da estratégia do Ministério da Cultura de reativar a rede da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) nos territórios e por temáticas.
Entre as ações previstas no plano de trabalho está a realização de uma campanha nacional de combate ao racismo através da valorização da ancestralidade africana.